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19 de outubro de 2011

Como escolher o nome ideal para minha empresa



Algum tempo atrás um grande amigo pediu para ajudá-lo a criar um nome para sua empresa de coworking. Tinha esquecido o quão difícil é criar um nome único, interessante, que não pareça pomposo ou simples demais. Geralmente
, envolve muita pesquisa e dedicação para surgir com dúzias de nomes necessários e extrair ao menos um viável.

Pegando esse gancho, gostaria de falar sobre esse assunto tão comumente menosprezado (o tipo de coisa que parece fácil e não é). Vou utilizar os pontos do autor do livro “Brand Aid” para isso.



  • Fácil de pronunciar


Já que todo mundo está falando na Apple, vamos começar com esse exemplo. Existe um nome realmente mais simples do que o nome de uma fruta tão comum com duas sílabas? No Brasil, temos a tendência de usar nomes estrangeiros. É chique, mas tem a ver com o produto? As pessoas vão saber pronunciar? O importante é não gerar dúvida e insegurança ao consumidor na hora de falar.



  • Fácil de escrever

Cuidado com pronúncias fáceis com escritas difíceis. Às vezes, na tentativa de tornar o nome “diferente”, se muda alguma letra sem alterar a pronúncia. O problema aparece na hora de escrever. 15 anos atrás não teria problema, mas na era de sites e e-mails, a escrita é tão importante quanto a pronúncia.


  • Não usado por nenhuma outra empresa, especialmente concorrentes

E isso vale para nomes parecidos com os líderes de mercado também (a menos que você utilize estratégia de marca eu-também). Moro em uma cidade onde é comum utilizar sobrenomes como nome de empresa. O problema é quando várias pessoas da mesma família resolvem fazer o mesmo, cada um em ramo diferente. Então, você vê um supermercado, uma imobiliária e uma loja de ferramentas com o mesmo nome — o que pode gerar uma confusão na mente do consumidor, enfraquecer a marca e criar associações erradas.

Vale ressaltar que nomear empresas com seu próprio nome é uma prática antiga, e empresas bem-sucedidas recentes nos mostram que isso não está mais na moda, e como tudo que está fora de moda, pode ser cafona.


  • Curto

Duas sílabas é o ideal, ok?


  • Fácil de lembrar

Aqui entra estratégia. Que tipo de nome seria mais fácil de lembrar? Descritivo, inventado, evocativo, experiencial, excêntrico? Depende do segmento do negócio e dos valores da marca. A facilidade de lembrança está diretamente relacionada aos 4 itens acima.


  • Não ter duplo sentido

Isso é particularmente difícil com marcas globais, mas também com marcas que existem em uma determinada região do país e pretendem expandir para outras regiões com outra cultura, regionalismos, etc. Pessoas qualificadas e pesquisas são as melhores armas.


  • Amplo o bastante para sobreviver além da categoria ou da marca-mãe

Uma das maiores lições de marketing que Steve Jobs nos deixou é que um produto deve andar com as próprias pernas. iPod, iPhone e iPad são marcas tão fortes quanto Apple. Elas vendem por si só. Sobretudo em um cenário econômico onde as mudanças acontecem de forma tão rápida, é preciso ter marcas que sobrevivam a essas mudanças.


  • Disponível para registro

Não deixe isso limitar a criatividade, mas não esqueça de consultar se a marca já não está registrada.


  • Endereço disponível para registro

Esse talvez seja um dos passos mais difíceis. Registrar o domínio do site com o nome da empresa sem adições ou improvisações. Cuidado com extensões diferentes tipo “.fm.br” , “.info” , “.edu”. O ideal é que sempre seja  .com.br ou .com e com o mínimo de diferenciação do nome da marca.

O nome perfeito segue todas as características acima. Claro que a perfeição está mais para utopia do que para realidade, então, é quase certo que você não conseguirá obedecer todas. Mas quanto mais próximo desse cenário ideal você estiver, melhor o nome será.

Autor: Sylvio Ribeiro
Fonte: Pequenoguru.com