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8 de março de 2013

5 lições que a chefe do Facebook quer ensinar às mulheres


A chefe operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, encampou de vez a ideia de encorajar as mulheres a conquistarem os mais altos postos de trabalho no mercado, e se manterem nele.

Desde 2010, após uma inspirada palestra, transmitida pelo
TED ( que você pode conferir no fim da matéria), a número 2 da maior rede social do mundo defende a tese de que há ainda um longo caminho a ser percorrido pelas mulheres até a igualdade de gênero dentro das corporações.


E mais: quer examinar as razões que ainda mantém as mulheres à sombra do sucesso profissional masculino e ajudá-las a superar os desafios e barreiras que as impedem de voar alto dentro da hierarquia das empresas e atingir a ascensão profissional plena.

É o que pretende com o seu livro Women, Work and the Will to Lead (Alfred A. Knopf), algo como Inclinar-se: Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar, na tradução livre. Confira cinco lições que as mulheres vão encontrar no livro:

1. Igualdade de gênero no trabalho ainda é ilusão

Sim, a revolução feminista fez muito pelas mulheres, mas a igualdade plena de gênero ainda é um horizonte distante, de acordo com Sheryl, considerada pela Forbes a 10ª mulher mais poderosa do mundo.

Sheryl apresenta números para confirmar o abismo de oportunidades entre os gêneros. De 197 chefes de estado, apenas 22 são mulheres, lembra ela. Só 21 empresas entre as 500 com a maior receita, segundo a revista Fortune, são comandadas por mulheres. Nos Estados Unidos, apenas 18% dos congressistas são mulheres.

Ela também mostra uma pesquisa feita pelo instituto McKinsey em 2011 que indica que gestores levam em conta o potencial para promoverem homens, e se baseiam em resultados quando é uma mulher a candidata a um cargo mais alto.

Ou seja, as mulheres precisam provar que são capazes de liderar antes de serem promovidas enquanto homens têm a chance de chegar lá e mostrar resultado depois. 

2. Barreiras internas impedem as mulheres de chegar ao topo


A polêmica proposição acima deu o que falar no mundo feminista ao transferir parte da culpa a respeito do quadro de desigualdade para as próprias vítimas dele: as mulheres.


A falta de autoconfiança e a tendência a não tomar a frente das questões abaixando a voz formam os grilhões que prendem as mulheres às posições de menor destaque na sociedade. As mulheres, nota Sheryl, não se permitem ter grandes expectativas a respeito de onde elas podem chegar e tendem a sempre achar que vão falhar mesmo de encarar um desafio.


Neste ponto, a toda poderosa do Facebook faz um “mea culpa” e diz que ela mesma tropeçou diversas vezes na insegurança acerca de  suas competências e habilidades durante sua trajetória profissional.


3. Deixe de ser coadjuvante e seja protagonista do sucesso: incline-se


Quando recebeu a proposta para deixa o Google e liderar as operações no Facebook, Sheryl conta que sua vontade era aceitar de imediato o salário oferecido por Mark Zuckerberg. Mas, após conversar com o marido e o cunhado percebeu que poderia conseguir um pacote de remuneração mais vantajoso se negociasse. Estimulada por eles, arriscou e conseguiu do CEO do Facebook o que queria.


Esta passagem pessoal relatada no livro é usada como exemplo de que se a mulher tomar a frente ( o tal do "inclinar-se") das questões e negociações as chances de conseguir o que quer aumentam exponencialmente.

4. Não tenha um mentor de carreira

Ainda no sentido de ser protagonista das próprias escolhas e caminhos trilhados, Sheryl defende que as mulheres não peçam para ninguém ser mentor delas.


Muito melhor, diz ela, é pedir conselhos pontuais a profissionais de todos os níveis ( de júnior a sênior) para resolver questões específicas.


5. Cuidados com os filhos deve ser totalmente compartilhado com os pais


Em casa as mulheres precisam aprender a delegar, segundo Sheryl. Cuidado com os filhos e tarefas domésticas devem ser dividas, no mínimo, igualmente entre pais e mães.


Na opinião dela, as mulheres devem deixar de tentar manter o controle sobre a maneira como seus companheiros realizam estas tarefas. Isso porque muitas vezes para ter as coisas “do seu jeito” em casa, as mulheres sacrificam um tempo precioso fazendo tudo sozinhas.


E para quem pretende seguir subindo degraus na carreira profissional, o que pressupõe aumento da dedicação no escritório, ao mesmo tempo em que cria os filhos, não há espaço para perda de tempo, diz ela.  Confira agora a palestra de Sheryl no Ted: 



FONTE: INFO ABRIL

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