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26 de outubro de 2012

Como utilizar Talking Points nas apresentações



Por mais que você prepare sua apresentação, discurso ou jantar para conhecer o sogro, existe uma parte da experiência que é difícil de antecipar: quando há a abertura ao diálogo, debate e perguntas do público.

Você já notou
que muitos palestrantes bem-sucedidos convencem em suas respostas mesmo dando a impressão de que começam fugindo do tema? Frequentemente isso é fruto do bom uso dos talking points, tópicos de discussão previamente preparados (e muitas vezes ensaiados) que permitem simultaneamente fazer surgir a oportunidade de destacar um aspecto que favoreça ao seu objetivo, e ter tempo para encontrar um “gancho” que conduza mais diretamente ao que foi questionado.

Apesar do potencial de mau uso, a ferramenta em si é muito útil e versátil, servindo até para o dia de conhecer os sogros em um jantar, para um almoço de negócios com desconhecidos, além das apresentações, debates, entrevistas e discursos do dia-a-dia.

Os talking points podem ser empregados de maneira inofensiva, simplesmente para evitar “brancos” em uma conversação. É como eu costumo usá-los, principalmente ao participar de podcasts e outras conversações transmitidas ao vivo: preparar antecipadamente um conjunto de informações relevantes ao tema da conversa, reduzi-los a frases curtas, memorizar 2 ou 3 deles, e ter à mão uma forma de consultar mais 2 ou 3.

Assim, na hora em que dá aquele “branco” na discussão, ou que um assunto morre ou precisa ser cortado, sempre tenho engatilhado um outro assunto para encaixar. Raramente acontece de precisar de mais do que 3 ou 4, mas também raramente deixo de usá-los.

Uma forma menos inocente de usar talking points (e que eu não recomendo) é usá-los para fugir de uma pergunta ao mesmo tempo em que se aproveita a atenção do público para passar a sua mensagem. Além de prejudicial ao debate, essa forma exige grande habilidade para não despertar a antipatia do público.

Preparar seus talking points pode ser tarefa para profissionais da comunicação, mas se você mesmo for praticá-los, aqui vão algumas dicas:

1. Limite a quantidade: o ideal é memorizá-los, portanto uma página pode ser demais. Pense em quantos itens pode precisar usar, e não exagere.

2. Limite o comprimento: mais do que uma linha por tópico é demais, pela mesma razão. Um bom talking point é uma frase de efeito curta a partir da qual você pode elaborar em direção ao ponto que deseja alcançar quando a necessidade surgir. Se necessário, defina (poucos) sub-pontos.

3. Coloque em ordem de relevância: memorize-os e procure usá-los nessa ordem. E não tente encaixar todos: use com moderação!

4. Antecipe possíveis perguntas: talking points bem planejados para debates podem ser usados de maneira tão eficaz que servem como respostas legítimas.

Em eventos nos quais normalmente se fala “de improviso”, os talking points previamente preparados frequentemente são mais do que um elemento de apoio: por serem sucintos e terem sido lapidados bem antes da pressão do debate, muitas vezes são eles que acabam virando o destaque da cobertura do evento.

Por outro lado, os profissionais do ramo também se acostumam a reconhecê-los e desconfiar dos contextos em que são empregados. Portanto… use com cuidado!

Fonte: efetividade.net