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12 de julho de 2012

Como funciona a Redução de Custos

No mercado varejista, uma empresa se diferencia por qualidade e/ou preço. Porém muitas vezes a empresa precisa baixar os preços de seus produtos e reduzir sua margem de lucro para se tornar competitivo perante seus concorrentes. Essa é uma manobra muito arriscada, pois para trabalhar com uma margem de lucro apertada, é preciso ter uma  situação financeira sólida e enxuta. Dessa forma as empresas implantam programas de redução de custos, que podem atuar de duas formas: espontânea e compulsória. 

A redução de custos espontânea é buscada antes de qualquer sinal de crise atingir a empresa. Ela visa manter ou conseguir uma vantagem competitiva. Seus efeitos são tipicamente expansionistas e, em geral, não sofre restrições por parte dos colaboradores. 

Já a redução de custos compulsória tem características opostas à redução espontânea. Geralmente é implantada diante de crise financeira e seu objetivo é a sobrevivência da empresa. Está baseada no corte de custos e uma vez que áreas vitais para a geração de receita podem ser atingidas, a eficácia dessa forma de redução de custos é incerta. 

Para implantar a redução de custos sem fazer cortes desnecessários ou que prejudiquem a empresa, se atente aos seguintes pontos:

1. Otimização da qualidade em todos os processos da empresa.
Qualidade ótima é aquela que atende às expectativas dos clientes ao menor custo. É um conceito bastante diferente de qualidade a custo mínimo ou qualidade máxima ao custo que for necessário. Abrange pessoas, processos, produtos e serviços, de forma que todas as atividades da empresa sejam eficientes, sem desperdícios e retrabalho.

2. Atenção ao custo global
Em algumas situações este procedimento é bem compreendido. Por exemplo, na escolha da localização de uma planta industrial são considerados, além das restrições qualitativas, os custos tributários, de logística, de pessoal etc. Naturalmente, a localização ótima será aquela que conduz ao menor custo total para a empresa. Em outros casos, entretanto, o custo total pode estar sendo ignorado. Por exemplo, devido a dificuldades financeiras, uma empresa pode optar pela compra de um equipamento mais barato sem considerar sua vida útil e os custos operacionais envolvidos. O custo final poderá ser bem mais elevado do que outra opção de investimento inicial maior.

 3. Compreensão da relação entre custo, preço e receita.
Quando a empresa reduz o custo de um produto ou serviço, também pode reduzir o preço de venda, aumentar a quantidade vendida e obter um acréscimo na receita líquida. Porém existe o caso onde a variação de preço afeta o volume de vendas que apesar de ter maior giro, acaba gerando maior investimento e menor lucratividade. Neste caso, investimentos adicionais em redução de custos não trariam receita líquida adicional. 

4. Aprimoramento da qualidade de dados e de informações de custo.
Esta opção exige coragem para rejeitar metodologias tradicionais - ineficazes para apuração e análise de custos - e capacidade para avaliar criticamente metodologias novas e aplaudidas. Em um número expressivo de empresas, os dados de custo são apresentados em relatórios genéricos de utilidade questionável. Saber quanto custa realmente um produto ou serviço depende de uma apuração detalhada especifica.

5. Exploração de toda a potencialidade da Análise de Valor
A análise de valor, apesar de já ter mais de sessenta anos, ainda é a grande opção para redução de custos. Mesmo quando aparentemente não está sendo utilizada num determinado processo de redução de custos, a observação mais cuidadosa mostrará que a essência da análise de valor estará por trás da metodologia usada. A análise de valor fornece uma combinação insuperável de técnica e arte para lidar com problemas de custo elevado.

6. Crença de que todo custo é redutível
Uma das principais restrições ao processo de redução de custos é um argumento bastante conhecido: o custo está no limite, não há mais o que reduzir. Toda empresa que tenha enfrentado e vencido uma crise financeira sabe que não há custo irredutível. O que muitas vezes acontece é que o objetivo de reduzir custos não é uma decisão firme. É apenas uma vaga intenção, um balão de ensaio. As fortes reações dos setores envolvidos (produção, vendas, administração etc.) se encarregarão de boicotar o frágil projeto de redução de custos.

Das seis opções citadas para redução de custos, as três primeiras são essencialmente processos de otimização. Significam identificar a melhor forma de conduzir tarefas ou processos.

A quarta opção destaca a importância de saber corretamente quanto custa e porque custa.

A quinta indica o caminho mais eficaz para fazer custar.

A última opção ressalta a importância da determinação para o sucesso de um processo de redução de custos. Existe uma inter-relação em todas essas opções, o que torna o processo de redução de custos ainda mais desafiante, mas certamente compensador.

Fonte: ief.com.br

Veja também:

Implementando a Analise de Valor