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3 de julho de 2012

5 Erros na gestão financeira



O especialista Rogério Gurgel, gerente de produtos do Itaú Empresas, apresenta alguns dos deslizes mais comuns e indica como evitar – ou reverter – esses erros tão comuns nos primeiros anos de vida do negócio. Confira! 

Iniciar um empreendimento sem ter uma visão clara de todos os custos que estão envolvidos, direta e indiretamente na produção dos bens ou dos serviços, e não projetar estes, mês a mês, ao longo dos primeiros anos.  
Como controlar – anote, relacione, monte uma tabela ou, de preferência, utilize uma planilha eletrônica para você registrar a composição de todos os seus custos. Registre tudo, como aluguel, água, luz, gás, fornecedores de materiais, prestadores de serviços, custos de pessoas (RH), impostos, enfim, tudo o que é necessário para que a empresa funcione a cada mês. 

Não projetar adequadamente a evolução dos recebimentos em caixa que foram previstos para os primeiros anos de atividade. 
Como sistematizar – insira em uma planilha eletrônica os volumes de vendas que serão recebidos em cada mês ao longo do ano. Pense também nos meses que habitualmente o mercado consumirá mais ou menos, considerando a sazonalidade específica do setor em que atua. Caso identifique que as vendas serão parceladas, inclua este dado na hora de projetar os recebimentos na linha do tempo. 

Deixar de cruzar os valores que estão previstos a receber e a pagar ao longo dos meses e para os próximos anos. Formular o famoso fluxo de caixa projetado.  
Como organizar – com os dados identificados de contas a pagar e a receber, você consegue projetar suas entradas e saídas ao longo do mês e dos anos. Assim, é possível ter uma visão das variações no fluxo de caixa, principalmente os relacionados às questões de sazonalidade específicas. É fundamental investir tempo nessa tarefa, imprescindível, para conquistar uma gestão financeira eficiente e a sustentabilidade do negócio. 

Não controlar se o que foi projetado para um determinado mês bate com o que de fato aconteceu. Ou seja, não comparar, mês a mês, os dados projetados dos dados realizados. 
Como agir – Este controle permitirá saber se projeções foram de fato realistas ou não. Se a empresa está no caminho certo do ponto de vista financeiro, ou se é preciso fazer ajustes como reduzir gastos, fazer promoções, conceder descontos, liquidar estoques, aplicar recursos excedentes ou, pelo contrário, buscar recursos com terceiros, como bancos, para manter o fluxo de caixa e a saúde financeira da sua empresa. 

 “Importante frisar que controlar é parte inerente da administração executiva como um todo, mas principalmente no que se refere à administração financeira de qualquer empresa. Lembre-se da máxima: quem não registra não mede, quem não mede não controla, sem controle não há administração e a sua empresa terá que contar com a sorte.”

Misturar as finanças pessoais com as da empresa. Esta é clássica, mas muito comum em pequenas empresas, principalmente nos primeiros anos de vida.  
Como desvincular – a dica aqui é simples: comece certo. Desde o início, separe os cartões de crédito e débito e os talões de cheque pessoa jurídica dos cartões e talões pessoa física. Somente em caso de extrema necessidade, realize transferências entre as contas PF e PJ, mas sempre tenha o cuidado de registrar essas movimentações para não perder o controle das finanças da empresa. 
Encare as transferências da conta PF para a da empresa como um empréstimo a ser devolvido assim que a empresa tiver caixa. Afinal, o negócio nasce para gerar caixa próprio e ser autossustentável.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios