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21 de junho de 2012

Planejando seu primeiro negócio





Plano de negócio é o documento que estrutura as principais idéias e opções que o empreendedor que identifica uma oportunidade de negócio analisará para decidir quanto à viabilidade de abrir um negócio, ou da empresa a ser criada. 


Um projeto ou empreendimento pessoal ou corporativo pode ser estruturado e administrado de diversas maneiras, mas se você pretende buscar capital ou recursos com investidores, bancos incubadoras ou outros órgãos de fomento, ou se pretende convencer outros parceiros a investir na sua idéia, colocar na ponta do lápis o seu plano de negócios passa a ser fundamental. 


Existem muitos conceitos de planos de negócios, cada um em seu próprio contexto. Deixamos um modelo práticos no artigo "Modelo simples de plano estratégico". Ter modelos e exemplos disponíveis para download não quer dizer que é fácil fazer um plano de negócios. Pelo contrário: um bom plano de negócios mistura informações sobre os processos do negócio em si (características, partes envolvidas, oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos), previsões e projeções financeiras, análise do negócio, do mercado, fornecedores, concorrentes, parceiros, previsão do fluxo de caixa, necessidades de capital… Em resumo: dados, dados, dados! Você precisa obtê-los de forma atualizada e suficientemente precisa, caso contrário o seu plano de negócios pouco valerá
lembre-se de que trata-se de um documento vivo, e não de um árido demonstrativo contábil ou legal. E que uma de suas principais finalidades é convencer (a equipe, os investidores, o banco, os fornecedores, ou até mesmo os clientes potenciais) de que o seu negócio é viável e pode ser vantajoso a eles. Portanto, ao criar o seu plano de negócios, coloque o foco nestes importantes leitores, e lembre-se de incluir, de forma simples e fácil de encontrar, as respostas às principais dúvidas deles. Se você não sabe quais são, eis algumas sugestões: (Responda em uma frase!)


  • Sobre o negócio em si: o que é o negócio? 
  • Quais produtos e serviços serão oferecidos?
  • Quais as razões que levam a crer que será atingido o sucesso?
  • Quais são as oportunidades? (já existentes ou que serão criadas) 
  • Que você percebe e pretende explorar?


Sobre a administração: 


  • Quem administrará o seu negócio? 
  • Que experiência e formação essas pessoas têm?
  • Que qualificações busca para a equipe?
  • Quantos empregados precisará
  • Quais suas atividades e remuneração?
  • Onde eles trabalharão?
  • Qual será a estrutura organizacional?
  • Qual a missão e a visão? 


Sobre o mercado:


  • Quantos ou quem são os clientes potenciais
  • Onde eles estão? (alguns exemplos específicos)
  • Como você os atrairá?
  • Por que eles escolherão você e não o concorrente?
  • Quem serão seus parceiros e fornecedores?
  • Quem são os concorrentes?
  • Quais os fatores do sucesso atual destes concorrentes?
  • Qual o seu diferencial competitivo?
  • Qual o seu nicho?
  • Qual a sua delimitação geográfica?
  • Como você vai promover e divulgar seu negócio?
  • Como vai distribuir seu produto?


Sobre economia e finanças:


  • Fontes do capital?
  • Projeção de faturamento?
  • Investimentos e despesas para os 2 primeiros anos (trimestral)?
  • Projeção de fluxo de caixa mensal para o primeiro ano?
  • Volume de negócios necessário para alcançar o ponto de equilíbrio ou o resultado operacional positivo e em quanto tempo você espera alcançá-lo?
  • Quais as condições para começar a vender e faturar, e quando você espera alcançá-las?
  • Valor do capital imobilizado em instalações e equipamentos?
  • Lista de fontes financeiras potenciais?
  • Garantias de empréstimo?


Mapas:


  • Estado atual?
  • Cronograma previsto?
  • Dificuldades esperadas?
  • Suas soluções e condições?


A dificuldade principal é consequência da natureza dos planos de negócio: eles tratam de idéias ainda não realizadas, e assim não podem (de modo geral) se basear em históricos ou em estatísticas próprias para realizar sua previsão. O grande desafio é conseguir obter dados de organizações semelhantes, ou extrapolar a partir de outros dados, de maneira consistente, objetiva e, principalmente, convincente. 


Lembrem-se de encontrar as perguntas cujas respostas ficaram de fora! Se o plano de negócios é sobre abrir uma pizzaria no litoral, um bom plano vai esclarecer o que vai acontecer com ela quando a temporada de verão acabar, e como ela vai fazer para durar até a próxima temporada. Se vai demitir os garçons e a cozinha, para depois recontratá-los, os custos adicionais com os encargos e Custo Brasil do processo como um todo estarão considerados, junto com a manutenção do imóvel e custos fixos durante o período de inverno. 


E a ausência deles é o indício de um mau plano – como podem atestar inúmeros donos de empreendimentos de verão que terminam fevereiro com saldo positivo enorme, e em abril descobrem que na verdade estão falidos! C


Capriche no resumo executivo. Ele é uma das últimas partes a concluir, mas deve estar bem no início do documento. Muitas pessoas lerão apenas o resumo, e avaliarão por ele se o seu negócio vale ou não a busca de maiores detalhes. Conquiste o leitor em cada linha do seu resumo! Fale nele sobre os objetivos, as razões de sucesso, e apresente os números principais, sem exagerar na densidade das informações. 


O plano de negócios não é só para os outros. O processo de construção de um bom plano de negócios é uma forma segura de o empreendedor conhecer os aspectos essenciais que podem levar ao sucesso ou ao fracasso da sua idéia. Ele não descreve apenas os objetivos do negócio, mas também quais serão os passos para a sua realização, e do que eles dependem. 


Assim, fazer um plano de negócios bem feito irá obrigar o empreendedor e seus sócios a organizar as idéias sobre a viabilidade de seu negócio, levando-os ao processo de discussão e reflexão da preparação de um documento com o qual todos concordem, trazendo todas as informações essenciais para o sucesso da idéia. Portanto, ele acaba substituindo por números e argumentos as opiniões iniciais, motivadas principalmente pela própria convicção dos empreendedores.


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