Saúde financeira da empresa requer planejamento
As micro e pequenas empresas (MPE) de São Paulo tiveram, em 2011 um desempenho moderado se comparado com o mesmo período do ano anterior
, quando as MPE cresceram 9,6% em relação a 2009. Os índices refletem as previsões de desaceleração econômica para o país. A projeção dos economistas é de que o Brasil tenha encerrado 2011 com crescimento de 2,8% do PIB.
, quando as MPE cresceram 9,6% em relação a 2009. Os índices refletem as previsões de desaceleração econômica para o país. A projeção dos economistas é de que o Brasil tenha encerrado 2011 com crescimento de 2,8% do PIB.
Diante deste cenário, é importante que o empresário mantenha a saúde financeira da empresa e prepare seu negócio para uma desaceleração nas vendas. Um passo importante é começar o ano sem dívidas.
O primeiro passo, segundo o consultor do Sebrae em São Paulo, Luis Lobrigatti, é saber exatamente quanto e para quem se deve. “As dívidas dos empresários costumam estar relacionadas à falta de planejamento. Compram acima do necessário, vendem pouco, investem sem pensar nas consequências e administram mal os recursos. Tudo isso compromete o caixa da empresa”, alerta o consultor.
Antes de tudo, é necessário detalhar os controles financeiros da empresa, identificando exatamente quanto entra e quanto sai do caixa, diariamente. Com o registro, fica fácil calcular quanto se movimentou e se pagou – em despesas fixas e variáveis –, e quanto é preciso gerar para se manter. Nessas contas, é necessário lembrar de incluir reservas para pagamento de 13º salários (Lembre-se que a comissão média de vendedores deve ser incluída no 13°), férias, eventuais multas de rescisão de contrato e manutenção de equipamentos.
Uma dica é sempre analisar se os custos da empresa podem ser reduzidos. “Se for possível, e somente se não prejudicar os processos internos da empresa, venda bens, como máquinas ociosas, queime o estoque, elimine desperdícios”, aconselha Lobrigatti.
A partir dos levantamentos mencionados, é só observar quanto a empresa gera de lucro, que é o resultado dessas contas. Com essa quantia, já é possível planejar o pagamento das dívidas. De acordo com o consultor, até 80% do lucro da empresa pode ser destinado ao pagamento de dívidas. Os 20% restantes devem ser guardados para situações de emergência.
Outra dica do consultor do Sebrae em São Paulo é usar sempre a habilidade de negociação. "É preciso lembrar que jamais as dívidas da empresa podem comprometer o andamento das operações. Pendências com fornecedores, por exemplo, podem ser o primeiro passo rumo à falência. Antes de atrasar o pagamento de seus fornecedores, procure-os e renegocie os prazos. Mostre sua intenção de quitar os débitos e manter um bom relacionamento”.
Em relação às despesas fixas, orienta Lobrigatti, a regra deve ser ainda mais firme: manter sempre em dia o aluguel, pagamento de funcionários e de impostos. Por fim, sempre que possível, antecipar o pagamento das parcelas das dívidas. Assim, é possível eliminá-las mais cedo. É importante negociar descontos nessas antecipações, e pensar também na possibilidade de trocar de credores. “Se os juros que você paga mensalmente são altos, faça as contas e veja se não é mais viável conseguir um novo empréstimo, com juros menores, e quitar essa dívida”, recomenda o consultor.
Fonte: Agência Sebrae / empreendedor.com.br
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