Como aumentar a produtividade remunerando bem os funcionários
Veja como transformar os funcionários em aliados da sua da empresa:
As pessoas se dedicam à sua empresa, estudam e investem em sua própria qualificação profissional porque você paga
o melhor salário, certo? Mais ou menos. Você sabe que não é bem assim. Muitas vezes, o mais importante não é o salário que traz a satisfação.
“As pessoas buscam uma percepção de satisfação. Elas se sentem satisfeitas e valorizam um emprego a partir de um conjunto de fatores, que envolve salário, segurança, perspectivas futuras, ambiente de trabalho e até mesmo a remuneração indireta, como assistência médica, previdência privada e outros benefícios”, assinala Eduardo Bertoldi de Salvo, consultor de RH da SBA Associados, empresa especializada em desenvolvimento do capital humano e remuneração estratégica.
Especialista em remuneração estratégica, Eduardo é administrador de empresas pela PUC-SP, pós-graduado em recursos humanos pela FAAP e participou de programa de desenvolvimento em gestão estratégica, processos e pessoas pela Fundação Dom Cabral. Acumulou mais de 18 anos de experiência na gestão de RH em empresas de destaque, sendo diretamente responsável pela implementação de programas de remuneração vinculados ao plano estratégico das organizações. Sob sua coordenação são elaborados programas de participação nos lucros e resultados, bônus gerencial, otimização de pacotes de benefícios, adequação de estruturas, sistemas de premiação para força de vendas e desenvolvimento de modelos de competências para carreiras especializadas.
Remuneração estratégica
Está mais do que provado: empresas que contam com funcionários satisfeitos ganham em produtividade, alcançam maior grau de qualidade, vendem mais e, como conseqüência, geram mais lucros. “As pessoas trabalham melhor quando estão satisfeitas com a empresa, orgulham-se dela e sentem que têm seus esforços recompensados” destaca Bertoldi.
Além do salário, existem pelo menos dez benefícios voluntários que as empresas podem oferecer aos funcionários. Os mais comuns são: assistência médica, refeitório e seguro de vida. A partir daí, cada empresa pode optar por uma série de benefícios diversificados, por exemplo: previdência privada, incentivo ao estudo, planos de saúde integral, veículos. O “pacote de benefícios” varia de acordo com o porte, área e região de atuação e nível de competitividade da organização.
Também entram em cena ganhos adicionais através de bonificações e gratificações, que servem para demonstrar o grau de reconhecimento por parte da empresa quando os funcionários atingem ou superam as metas setoriais e globais da empresa.
O conjunto dos ganhos salariais diretos (políticas de reconhecimento e valorização) e indiretos (ambiente de trabalho, nível de relacionamento com as lideranças, oportunidades de desenvolvimento), compõe o cenário completo onde cada um “mede” o quanto a empresa atende suas expectativas individuais e, em contrapartida, gera motivação e dedicação para realizar um trabalho excepcional.
Transparência e imparcialidade
Os melhores talentos preferem sempre os melhores ambientes. Pessoas competentes precisam menos da empresa do que o contrário. Se não estiverem satisfeitas, simplesmente saem e levam consigo a certeza de que logo encontrarão um emprego que proporcione melhores condições de crescimento profissional. “No caso de funcionários competentes e diferenciados, os benefícios indiretos e práticas de remuneração variável diferenciadas se tornam ainda mais importantes. Os funcionários mais competentes são também aqueles que prestam mais atenção em itens como transparência administrativa, imparcialidade na avaliação dos resultados e oportunidades de valorização”, diz Bertoldi.
Portanto, um plano de cargos claro e objetivo, com regras bem definidas e critérios de avaliações justos e imparciais também são bases importantes para evolução do modelo de remuneração.
Uma pesquisa da SBA Associados junto a duas edições do guia As 100 melhores Empresas para Trabalhar, editado pela revista Exame, mostrou que os principais indicadores apontados pelos funcionários são: benefícios sociais diferenciados, participação justa nos resultados, eqüidade salarial, relação harmoniosa com os colaboradores, comunidade e chefias.
Percepção dos benefícios
Quando avaliam a própria situação dentro de uma empresa, as pessoas juntam todas as impressões e criam uma percepção dos benefícios. Nessas avaliações, o salário aparece apenas como um entre vários componentes. Se não estiver satisfeito, o funcionário pode até mesmo optar por um emprego que remunere menos, mas que apresente compensações. “Os benefícios têm um grande peso na avaliação da satisfação pessoal. Somados aos salários e “respeito humano”, eles contribuem para gerar um ambiente de trabalho melhor, garantindo o aumento da produtividade que vai garantir o crescimento e a sustentação da empresa”, assinala Bertoldi.
Fonte: Portal Noticenter
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