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14 de abril de 2015

Como lidar com um chefe difícil


É muito provável que todos nós vamos encontrar pelo menos um chefe difícil nas nossas carreiras. Ambicioso, exigente, competitivo, impaciente, intrometido, rigoroso, rude, de voz ressonante, de cara fechada, poucas palavras ou gestos… independentemente da sua personalidade, saiba como manter uma postura e relação profissional com um chefe mais ou menos difícil.  


Não o evite. Mesmo que ele convoque reuniões no início do dia ou à dois minutos do fim do expediente, que telefone constantemente ao fim de semana e encha a sua caixa com dezenas de emails diariamente, procure não o evitar. Há quem tente passar despercebido quando trabalha sob as ordens de um chefe difícil, mas a verdade é que esse tipo de atitude muitas vezes acaba sendo ainda pior. Execute as ordens do seu diretor, ou seja, faça o seu trabalho e nada de se esconder no WC quando ele está para ter um dos seus “momentos” menos bons. Trabalho é trabalho.


Procure aliados. Numa empresa onde o diretor comanda com uma mão de ferro, é importante ter aliados, mais especificamente aliados que trabalham diretamente com a chefia. Seja a sua secretária ou braço direito, é importante ter a confiança de uma pessoa como esta para compreender qual a melhor forma de lidar com o chefe, se este é um bom dia para abordar este ou aquele assunto e para ser avisado no caso de algo não estiver bem para o seu lado… assim terá tempo para planear a sua defesa. 


Coloque tudo preto no branco. Faça questão de ter um caderno no escritório para poder apontar tudo o que é dito em reuniões (não se esqueça das datas!), seja com o diretor ou outros responsáveis. Com um chefe difícil é importante ter tudo documentado porque é uma das melhores maneiras de se prevenir contra eventuais problemas. Esta ferramenta é ainda útil noutros sentidos – para não esquecer detalhes, para executar na perfeição o seu trabalho e cumprir todos os prazos. Você deve ser assim com todos os chefes, com um problemático, mais ainda. Como diz o velho ditado: é melhor prevenir do que remediar.


Tenha um círculo de apoio. Não só para os momentos ruins, mas também para o caso de precisarem confrontar o diretor com algum projeto em particular ou algum assunto que afete a todos. A união faz a força, não é verdade?


Emoções controladas. Por vezes é muito difícil controlar as emoções perante as críticas (justas e injustas) ou palavras duras de um chefe problemático, no entanto, é o melhor remédio. Porquê? A partir do momento que um diretor percebe que você é uma pessoa que reage de forma emocional muito facilmente, você pode passar a ser o alvo preferido para ataques futuros e contínuos. Isso, por sua vez, irá suscitar conflitos constantes. O ideal é deixar o ego de lado e não reagir, apenas reconhecer calmamente as suas palavras e seguir em frente – ao dizer simplesmente “sim, compreendo” ou “desculpe não voltará a acontecer” eliminará quaisquer hipóteses de um ataque verbal mais extenso ou violento, você não irá se exaltar e o chefe irá compreender que, com você, não vale a pena atitudes extremas.


Discussão em vez de confronto. É óbvio que vão surgir situações em que terá que dialogar com o seu chefe e não há outra opção.  Entrar de imediato em conflito apenas vai gerar mais conflito, ou seja, em vez disso utilize as críticas vindas do diretor como tópicos de discussão sobre interesses, objetivos, soluções e peça-lhe conselhos. Se o seu chefe é um duro crítico do seu trabalho, ele provavelmente tem ideias sobre como esse mesmo trabalho deve ser melhorado e/ou executado, ou seja, é a melhor pessoa para o orientar. Por mais que você não concorde com o método definido pelo seu chefe, faça-o da melhor forma possível e, caso ele esteja errado, irá perceber isso por sí.


Autoconfiança. Nunca deixe que um diretor difícil o faça duvidar das suas próprias capacidades e talentos; pelo contrário, faça questão de dar sempre o seu melhor e esqueça aqueles que te criticam erroneamente. Só assim será capaz de triunfar no mercado do trabalho, de ultrapassar os obstáculos diários que enfrenta e de se manter mental e fisicamente são. Não há emprego, chefe ou empresa que valha a perda da sua auto-estima ou saúde. 


Amigos à parte. Você não precisa ser amigo do seu chefe, nem gostar dele, apenas tem de trabalhar com ele. Idealizar que pode mudá-lo é uma perda de tempo, porque o fato de ser um diretor problemático tem muito a ver com a sua própria personalidade e, como todos nós sabemos, as pessoas são como são. Em vez disso, canalize as suas energias para mudar a forma como você vê o comportamento do seu diretor e como esse comportamento o afeta enquanto pessoa e profissional. Em vez de o considerar um "perfeito idiota", mentalize aquilo que ele realmente é – o seu chefe. Nestes casos, o profissionalismo é a sua segurança. Sirva-se dela ao máximo.


Deixe o trabalho no trabalho. Nem todos conseguem esquecer os seus dias de trabalho, necessitando antes comentar certas situações ou desabafar com família e amigos ao chegar em casa. Não basta ter de lidar com um chefe difícil durante 8 horas por dia, 5 dias por semana…  ainda precisa leva-lo consigo para casa? Quando conseguir deixar o trabalho no trabalho – é um processo longo e nem sempre fácil – verá que os seus níveis de stress vão baixar drasticamente, você terá melhor qualidade de vida e terá mais energia positiva para o dia-a-dia no escritório. Vale a pena fazer esse esforço, as recompensas são muitas.

Fonte: picaroponto.com