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9 de outubro de 2013

9 dicas de gestão para quem pretende um dia vender sua empresa

Caros leitores, esqueçamos por instantes as revigorantes possibilidades do capital de crescimento originadas em fundos de capital, ou mesmo na entrada de um novo sócio que mesmo sem ser um investidor profissional,
poderia trazer o fôlego de recursos para a sustentação do seu negócio.

Imagine que você seja um empreendedor sem apego emocional ou profissional com a sua empresa, ou ainda, que atue como um empreendedor serial, montando e potencializando negócios para em seguida passá-los a diante em condições sólidas, com excelentes prognósticos, e claro, com uma boa bolada no bolso.

Ou consideremos que você não se enquadre em nenhum dos perfis anteriores, mas que deseje vender a sua empresa em alta valorização em algum momento de sua trajetória, e que por conta disso sabe que deve empenhar esforço de preparação e distanciamento afetivo com a sua cria (o que não implica em menos dedicação e coragem).

Sem sombra de dúvida tratam-se de posturas que exigem desapego, sangue gelado, capacidade de gestão incomum e uma visão singular de mercado. Mas sobre tudo, profunda disciplina para preparar o terreno desde o início, ou mesmo a partir do instante que decide transformar o seu sonho empreendedor em dinheiro líquido.

Neste cenário, alguns cuidados são essenciais. Vamos lá:

1. Conduza a gestão do seu negócio com a ótica do interesse de um potencial comprador, ajustando, calibrando e moldando a operação em linha com as empresas inseridas no seu setor (ou em setores correlatos), que em algum momento possam nutrir interesses operacionais ou estratégicos pela sua operação;

2. Estruture uma operação que possua o máximo de escalabilidade;

3. Conceba um plano de negócios elaborado em profundidade, confiável, exequível e levado a sério em sua execução;

4. Saiba que em toda operação de venda de empresas, antes do fechamento, haverá um período de diligências “due diligence” vasculhando aspectos tributários, trabalhistas, contábeis e jurídicos. Portanto mantenha a sua contabilidade sempre em alerta e toda a documentação na mais perfeita ordem;

5. Os números da sua escrituração contábil devem necessariamente refletir com o máximo de precisão os números que compõe os seus relatórios gerenciais;

6. Evite, assim como se evita um precipício, qualquer procedimento contábil, trabalhista ou tributário que fuja da formalidade e da regulamentação oficial. Um descuido nesse terreno resultará em imediatas contingências e consequentemente menos dinheiro líquido imediato no seu bolso na hora da venda (em muitos casos, você terá de esperar a não ocorrência das citadas contingências para ver a cor da grana retida);

7. Ao tomar dívidas bancárias, faça de forma que seja algo estruturado e com benefício direto na robustez econômica da operação. Neste caso faça tudo para evitar o capital de giro oneroso, geralmente acessado automaticamente pelas empresas para cobrir suas necessidades imediatas de caixa. Saiba que o saldo do seu endividamento comporá a soma da dívida líquida do negócio e portanto descontada do valor que você receberá;

8. Ao decidir pela venda, contrate especialistas tanto para a preparação e o processo de busca e negociação com potenciais compradores, como para a necessária assessoria jurídica.

9. Tome fôlego, será um processo desgastante e cansativo. Mas empreendedores de verdade não se incomodam com isso.

Boa sorte.

Fonte: Saiadolugar.com.br Autor: Gustavo Chierighini