5 dicas para otimizar o capital de giro da sua empresa
Capital de giro é aquele dinheiro disponível para a empresa rodar, pagando as despesas imediatas.Veja aqui alguns artigos para entender o conceito:
Entendendo o Capital de Giro
Como calcular o capital de giro para sua empresa
Se você já faz, ou está estimando o seu, veja aqui algumas dicas:
1- Dinheiro parado = dinheiro desvalorizando
Como o capital de giro é aquele dinheiro usado para os gastos imediatos no curto prazo, ele precisa ter liquidez (não pode estar preso num investimento de longo prazo ou ser parte de um imóvel, por exemplo).
Ao mesmo tempo, dinheiro parado na conta corrente, é dinheiro sendo desvalorizado pela inflação. Alguns bancos até pagam um mísero ganho pelo dinheiro na conta corrente, mas nada que realmente faça uma diferença.
Minha dica para aplicação é colocar num CDB com liquidez diária ou mesmo na poupança – estes são investimentos que conseguem trazer um retorno próximo à desvalorização inflacionária e ainda te dão a liquidez necessária para o dia-a-dia.
2- MUITO cuidado com o cheque especial
Apesar de não ser legal o dinheiro ficar parado na conta, um mal muito maior é utilizar o cheque especial da sua conta corrente. Os juros cobrados estão entre os mais altos disponíveis.
Por isso, pensando em termos de controle do capital de giro, fique sempre muito atento ao seu fluxo de caixa diário para saber se a sua conta tem fundos suficientes para não entrar no cheque especial, mesmo que seja por apenas um dia.
Uma das melhores aplicações hoje em dia é não pegar ‘dinheiro caro’ emprestado.
3- Não conte com dinheiro que não está na conta
Conforme sua empresa funciona, novas receitas passam a compor o seu capital de giro. Porém, um erro muito comum é contarmos com dinheiro que ainda não está garantido e assumi-lo assim para pagamentos no curto prazo.
Podemos, por exemplo, assumir como receita garantida aquela pela qual uma nota fiscal já foi emitida, com boleto e dia de pagamentos fechados e aceitos.
Antes disso, a receita não entra no fluxo de caixa projetado e, por isso, não compõe o capital de giro.
4- Negocie os melhores prazos possíveis
Como vida de empreendedor não é fácil, muitas vezes nos vemos naquela sinuca de bico: “não consigo pagar o fornecedor Z nesse dia, porque o cliente Y só vai me pagar 5 dias depois”.
Antes de você chegar no fatídico dia, você tem 3 opções:
- Conversar com o fornecedor Z para explicar a situação e atrasar o pagamento em 5 dias;
- Conversar com o cliente Y para negociar um pagamento adiantado (em troca de uma entrega maior, por exemplo)
- Conversar com qualquer outro cliente ou fornecedor para mudar os prazos com o objetivo de não ficar negativo durante nenhum dia. A melhor escolha para resolver essa situação será a pessoa/empresa que você tem o melhor relacionamento, já que esse tipo de acordo é sempre um pouco delicado.
De qualquer forma, a dica é sempre analisar o seu fluxo de caixa projetado antes de fechar qualquer data de pagamento ou recebimento. Assim, você estará bem informado para negociar as datas ideias para o seu capital de giro não acabar.
5- Parcelamento
Para compras de equipamentos mais caros ou mesmo para compras recorrentes (material de escritório, por exemplo), muitas vezes existe a opção de parcelamento.
Essa opção, se bem trabalhada, é sempre benéfica.
Por um lado, você pode criar um orçamento mensal para determinadas compras e, assim, tornar possível uma compra que à vista seria impossível.
Por outro lado, caso você consiga fazer a compra à vista, há opção de aplicar o dinheiro que seria utilizado – tanto numa renda fixa (tipo CDB) e sacá-lo mensalmente para pagar cada parcela, quanto como capital de giro para outros investimentos na empresa.
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