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23 de abril de 2012

Gerenciando funcionários diferentes de forma diferente

Tratar todos os empregados da mesma forma é um erro cometido pela maior parte dos gestores de empresas brasileiras, segundo avalia o diretor da Entheusiasmos Consultoria e consultor organizacional, Eduardo Carmello.

De acordo com ele, ao tratar todos os profissionais igualmente, o gestor diminui de maneira drástica o desempenho e engajamento da equipe, tendo como consequência resultados abaixo do esperado. “Em toda a empresa há aqueles que têm desempenho abaixo da média, na média e acima da média. No entanto, quando os chefes querem chamar a atenção daqueles que têm desempenho fraco, eles reúnem todos os empregados em uma mesma sala e apontam os problemas de modo genérico. Esse tipo de atitude paternalista é trágica para as empresas, pois seu único efeito é derrubar o bom desempenho e engajamento daqueles profissionais que se destacam, uma vez que eles são tratados da mesma forma que os outros”, explica Carmello.

A Gestão da singularidade

Para evitar que o desempenho de toda equipe caia, o consultor aposta na chamada “Gestão da Singularidade”, na qual o gestor oferece estratégias diferenciadas para talentos em níveis diferenciados de performance e engajamento. 

Dessa forma, avalia, além de resultados econômicos, a gestão da equipe de forma singular produz um sentido de justiça, meritocracia e total comprometimento, abordagem que, segundo Carmello, é fundamental para a retenção e aproveitamento da inteligência dos profissionais de alta performance. “A gestão da singularidade é fundamental, pois profissionais engajados, motivados e preparados requerem menos esforços do gestor, uma vez que basta convencê-los da importância e do propósito do projeto para que eles saiam fazendo e sempre com alto grau de excelência (…) Já os profissionais com baixo engajamento vão se motivar a fazer algo se eles perceberem que a equipe toda está atuando. Caso eles percebam que nem todos estão envolvidos, vão relutar em trabalhar. É necessário uma outra estratégia do gestor para engajar esse nível”, afirma. Ainda neste sentido, o consultor lembra que os treinamentos também não podem ocorrer de forma linear, ou seja, igual para todos, visto que esse tipo de ação tem efeito desmotivador para aqueles que já dominam o assunto e não traz os efeitos esperados para os profissionais de baixa performance.

E você, o que acha da Gestão da Singularidade? Você concorda com a visão de Eduardo Carmello?

Autor: Gladys Ferraz Magalhães
Fonte: Infomoney.com.br