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23 de setembro de 2011

Como causar uma boa impressão nos primeiros dias de trabalho


A ansiedade se mescla com a alegria de estar em um emprego novo, mas como deixar a melhor impressão para os novos colegas de trabalho? Ser aceito é o que a maioria anseia, mas se torna inalcançável se o profissional trocar os pés
pelas mãos e deixar uma má imagem já no primeiro dia.

Eduardo Marques, diretor de Operações da Divisão de Negócios DMRH Executivos, diz que o profissional tem que se lembrar de que, especialmente, no primeiro dia, ele está sendo observado por todos. “Ele é o corpo estranho e será avaliado tanto pela sua fala quanto pelas suas atitudes”, afirma.

“Um bom profissional chamará a atenção no primeiro dia pela educação e paciência. E também pelo uso das palavras amigáveis, como um simples bom dia e boa tarde”, explica Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search. “Ele podia ser O cara na empresa antiga, mas na empresa nova ele é apenas uma folha branca”, ressalta ela.

Confira abaixo o que os especialistas recomendam fazer e o que não fazer:
  • Aparência
Segundo os especialistas, antes mesmo de ser contratado, é importante atentar para a maneira como as pessoas da empresa se vestem para ir ao trabalho. Essas observações devem ser seu norte na hora de escolher a roupa para ir ao trabalho.

Para Marques é importante ter cuidados com o que vai ser escolhido do guarda-roupa, para que não acabe se colocando uma roupa muito formal, quando a equipe da empresa tem o estilo mais informal. Essa atitude pode causar estranheza já no primeiro momento do dia.

O diretor explica que ao acertar na roupa, o profissional tem a sua autoestima elevada no “primeiro teste” do dia.


  • Introdução

Se por conta do ritmo você não for introduzido para a equipe com que irá trabalhar ou para outros colegas de trabalho, Adriana recomenda que o profissional vá até ao superior e perguntar o que deve ser feito. 


“O profissional não deve agir de livre espontânea vontade, pois pode quebrar as regras da empresa. Diga que você gostaria de ser apresentado e aguarde”, afirma a especialista.


“Pode ser que o superior não tenha tempo para fazer as apresentações. Pergunte então a quem você deve recorrer e que poderá fazer a ponte”, ensina Marques.


  • Interação


“Ao chegar, o profissional tem que estar com os radares aguçados, para captar a cultura de seu novo ambiente de trabalho, aquela que não está escrita e sim da forma que as coisas funcionam”, explica Marques. O profissional, especialmente no começo, tem que se mostrar disponível, para conversar e conhecer as pessoas sem fazer julgamentos.

 “Acredito que a sugestão ideal é utilizar o horário do almoço e buscar uma aproximação. Peça uma sugestão de restaurante, pergunte onde as pessoas almoçam”, diz Adriana. Segundo ela convidar para almoçar pode ser muito agressivo, pois o profissional não sabe, ainda, se os colegas almoçam juntos ou não.

E se eu for muito tímido? “Não adianta tentar ser aquilo que não é, porém por mais introspectivo que o profissional seja, ele vai precisar mobilizar coisas novas. O risco de ser extremamente quieto e distante, é que os outros colegas começarão a fazer inferências sobre como ele é fechado e arrogante”, explica Marques.


  • O que não fazer
 Ser extremamente inconveniente e marcar almoços, happy hours e forçar a interação das pessoas, quando elas não o fazem normalmente. ”O cara chega com tanta vontade de ser aceito, que chega ser um pouco demais”, afirma o diretor da DMRH. 


Bancar o superior, arrogante e querer mostrar serviço de forma excessiva também é proibido. Os especialistas reforçam que não só no primeiro dia, mas durante a primeira semana, o profissional tem que estar aberto e disponível para as pessoas.


O papel de observador pode ser adotado, mas prestando atenção para o equilíbrio. Assim como para não pecar no excesso de formalidade ou informalidade nas suas atitudes.


Adriana recomenda que o profissional evite decorar sua mesa já no primeiro dia, “colocar objetos pessoais com times de futebol, por exemplo, nem pensar”. Outro ponto, não vá embora às 17h59 se o seu horário termina às 18h. “Pergunte se você pode ajudar em alguma coisa e só depois vá”, recomenda.

Autor: Camila Lam
Fonte: Exame.com