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14 de agosto de 2014

Como expor melhor os produtos de beleza na loja

De 2002 até o ano passado, os gastos dos brasileiros com produtos de beleza aumentaram. O crescimento foi 8,25 vezes na classe C, 4,52 vezes na D/E e 3,31 vezes na A/B – os dados são da consultoria Data Popular. Que esse mercado
é um prato cheio para os supermercadistas, não dá para ignorar. A questão é adotar as ações certas e evitar erros que podem causar prejuízos. Pensando nisso, levantamos dicas com consultores para você ganhar mais com essas categorias. Confira:

1. As margens de lucro são boas, mas não exagere. Quem diz isso é o DEC Minas Multiformatos, distribuidor especializado em higiene e beleza, que atende 7.500 supermercados de pequeno e médio porte. Segundo Nildo Souza, gerente geral da empresa, alguns varejistas chegam a colocar 70% de margem bruta. “Eles não consideram o preço praticado na concorrência. É possível trabalhar com um percentual menor, tornando a mercadoria mais competitiva em relação ao mercado”, afirma. Essa estratégia eleva o volume sem prejudicar a rentabilidade.

2. O supermercado pode, sim, trabalhar com versões mais sofisticadas. Isso é possível, mas de uma forma diferente dos itens de maior giro. A sugestão da consultoria Factor de Solução é optar por quiosques dentro da área de vendas. Para Danilo de Paula, analista de mercado, o varejista pode negociar a presença de uma marca que não vende seus produtos no autosserviço e que tenha interesse em divulgar seus produtos no canal. “Esse fornecedor se encarregaria do abastecimento do quiosque e da venda à consumidora”, diz ele. A iniciativa é indicada principalmente para as linhas de maior valor do segmento de cuidados com pele – cremes anti-rugas e anti-celulites, por exemplo.

3. Informação à consumidora é o melhor investimento. Quanto mais a cliente souber sobre os produtos, maiores as chances de ela comprar. Por isso, a presença de consultoras de beleza é muito bem vista pelos especialistas, sobretudo se o supermercadista quiser investir nos itens mais caros e sofisticados. Para quem não pode ter uma pessoa o tempo todo na loja, a consultora Simone Terra sugere adotar totens com tela de touch screen nos quais a consumidora poderia acessar informações sobre os produtos – iguais aos que são usados na categoria de vinhos. Outra alternativa, diz a especialista, seria manter um telefone na seção pelo qual a cliente faria contato com uma consultora ou funcionária treinada para tirar as dúvidas mais frequentes.

4. Apostar na exposição nunca é demais. E colocar produtos com menor giro próximos aos campões de vendas sempre ajuda a impulsionar as compras por impulso. O DEC Minas Multiformatos aprova a iniciativa. “Nessa época do ano, por exemplo, expor loção hidrante junto de protetor solar dá bons resultados”, diz Souza.

Essas são apenas algumas ideias. Há muitas outras oportunidades na seção de higiene e beleza. Pense nelas.

Fonte: www.supermercadomoderno.com.br