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30 de setembro de 2011

Home Office - Como negociar um horário de trabalho flexível


 Passamos grande parte dos nossos dias no escritório, trabalhando arduamente para satisfazer chefes e progredir nas nossas carreiras… enquanto muitas vezes, a vida pessoal fica em standby. Os horários de trabalho flexíveis
são um sonho para muitas pessoas porque podem representar o equilíbrio perfeito entre a esfera pessoal e profissional. Interessado? Saiba como negociar um horário de trabalho flexível com o seu chefe e sair ganhando.

Os motivos

Negociar e se beneficiar de um horário de trabalho flexível tem muito mais a ver com o aumento da produtividade e a redução dos níveis de stress, do que com a possibilidade de dormir mais meia hora. Perde-se mais de uma hora da manhã só para chegar ao escritório (aqui em São Paulo uma hora é chegar rápido!); se todas as tardes o seu ritmo de trabalho é quebrado pelas vezes que olha para o relógio, contabilizando o tempo que falta para ir buscar os filhos na escola; ou até preocupado com a lista de mil e um afazeres que estão assombrando sua vida pessoal… ter um horário de trabalho flexível pode ser exatamente aquilo que você precisa.

Tipos de horários flexíveis

Precisamente por ser flexível, existem inúmeros horários de trabalho a considerar, antes de partir para a negociação. Analise bem cada um, para poder determinar, de forma realista, qual o melhor para você e para a empresa:
  • Trabalhar em casa 1 ou 2 dias por semana
  • Trabalhar as manhãs em casa e tardes no escritório ou vice-versa
  • Trabalhar exclusivamente em casa, mantendo o mesmo horário praticado no escritório
  • Trabalhar horas extra diariamente (no escritório ou à noite em casa) para usufruir de uma manhã/tarde/dia livre por semana
  • Total ausência de horário, onde o trabalho é medido exclusivamente por metas semanais ou mensais

Vantagens de um horário flexível para o trabalhador
  • Maior flexibilidade para tratar de assuntos pessoais
  • Mais disponibilidade para a família
  • Diminuição dos níveis de stress
  • Maior controle sobre o trabalho
  • Melhor perspectiva sobre as tarefas profissionais, presentes e futuras
  • Maior motivação profissional
  • Possibilidade de trabalhar durante as horas em que se sente mais concentrado/criativo
  • Diminuição dos gastos diários (transporte, combustível, alimentação…)

Vantagens dos horários flexíveis para a empresa
Além de algumas vantagens descritas acima que podem ser estendidas para a empresa, como redução de gastos e diminuição do stress para o profissional, podemos citar ainda algumas vantagens:
  • Colaboradores mais dedicados e pró-ativos
  • Colaboradores que trabalham mais concentrados/inspirados
  • Colaboradores que acabam por gostar (ainda mais) do trabalho que executam
  • Colaboradores com maiores níveis de produtividade
  • Colaboradores mais disponíveis
  • Colaboradores mais satisfeitos globalmente (pessoal e profissionalmente)
  • Redução das faltas e menos descumprimento de horários (chegar tarde, sair cedo…)
6 passos para o plano perfeito

Primeiramente, é preciso avaliar se a sua função pode ser desempenhada fora das dependências da empresa, e ter consciência de que será disciplinado para cumprir com suas obrigações e estar disponível para a empresa nos horários combinados. Antes de marcar uma reunião com o chefe para abordar a questão do horário de trabalho flexível, é fundamental que elabore um plano de ação. Se quer usufruir de um horário personalizado terá de mostrar, preto no branco, de que forma você vai conseguir e quais as vantagens que essa situação vai trazer para si enquanto trabalhador, mas também, e principalmente, para a empresa.
  • Porquê? Antes de mais nada, você deve explicar ao chefe porque suas tarefas podem ser desenvolvidas em casa e por qual motivo gostaria de adotar um horário de trabalho flexível: interrupções excessivas no escritório, maior sossego e concentração em casa, aumentar os níveis de produtividade, desenvolver novos projetos…
  • Como? Você já deve ter analisado qual o tipo de horário flexível que melhor se aplica à sua situação pessoal e profissional, estando obviamente dentro daquilo que a empresa considera razoável. Deixe claro qual a sua disponibilidade fora desse horário e também como irá lidar com reuniões e um eventual aumento do volume de trabalho. O plano B também têm de ser equacionado.
  • Com quê? Terá de ter um espaço de trabalho adequado em casa, ou seja, algo que se assemelha a um escritório com um computador eficiente, impressora, telefone, fax, Internet ou qualquer outro equipamento que seja necessário para executar as suas tarefas. Se necessitar de algo em particular (como, por exemplo, um celular da empresa) esta é o momento adequado para requisitar.
  • Fazer o quê? Estabeleça objetivos claros sobre as tarefas que pretende executar diária, semanal ou mensalmente – esta é a melhor forma de assegurar à empresa que pode quantificar, de forma clara e real, os resultados de um horário flexível.
  • Quando? Para ajudar a sensibilizar o chefe para o seu caso, proponha um período de experimentação de um mês ou dois, sem compromisso. Para além de mostrar a sua flexibilidade, este pode ser o “empurrão” que o chefe necessita para dizer que sim, mesmo que provisoriamente. A partir de então, estará nas suas mãos provar que consegue efetivamente cumprir aquilo a que se propõe e de uma forma em que ambas as partes passem a ganhar.
  • Dicas extra: para ajudar a defender o seu pedido, utilize exemplos de outros colegas que já foram ou estão sendo bem-sucedidos com uma situação semelhante; evite falar em aumentos ou promoções (ter um horário de trabalho flexível é, em si, uma promoção); mostre o seu empenho em fazer com que esta situação de certo; não se esqueça de enumerar quais as vantagens que o seu horário flexível irá trazer para a empresa; no caso de a proposta ser aceita, proponha uma avaliação mensal para assegurar que esta foi, de fato, uma aposta acertada. Se acredita veemente que um horário de trabalho flexível é exatamente aquilo que precisa e com a qual a empresa também poderá se beneficiar, não tenha receio de discutir essa possibilidade com o seu chefe – o pior que ele pode dizer é “não” e o melhor é “sim”. Não tem nada a perder.

Fonte: Picaroponto.com