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25 de fevereiro de 2015

Como controlar a contabilidade

A Crise financeira x Contabilidade

Todo gestor precisa refletir sobre o que está ocorrendo e tomar providências para minimizar o impacto financeiro. Afinal, sem um bom fluxo de caixa, uma empresa pode simplesmente quebrar por falta de recursos e crédito.

A primeira providência é conhecer bem os custos da atividade. Daí, a contabilidade é imprescindível. Como conhecer o que a empresa gasta mensalmente para produção de produtos e serviços, com detalhamentos? A contabilidade se presta a esta informação.

Em qualquer situação, a gestão das empresas precisará ser voltada para um controle estrito de fluxo caixa, de redução de custos e de aumento da competitividade dos negócios. E não adianta "chutar" números, como "nós lucramos em torno de 10% de nossas vendas", "nosso fluxo de caixa cai em janeiro, pela sazonalidade" e outras afirmações. Qualquer afirmação que não seja confirmada pela contabilidade pode e deve ser questionada, para evitar erros de interpretação e ajustes.

Conhecer o desempenho histórico da empresa e projetar cenários com queda de vendas é um dos passos para iniciar um planejamento realista contra a crise. Perguntas precisam ser respondidas, com exatidão e certeza:
  • Qual o fluxo de caixa de minha empresa?
  • Quais os custos variáveis e seu percentual sobre vendas?
  • Quais os custos fixos? Como se comportam ante alterações súbitas de produção?
  • Qual o volume de estoques?
  • Qual o custo de carregamento (juros) de dívidas?
  • Qual o endividamento de curto prazo?
  • Quais são os prazos médios de vendas?

E outras informações, que essencialmente tem origem na contabilidade.

Pode-se então, projetar o fluxo de caixa, antecipando eventuais necessidades de capital de giro, decorrentes das operações, e assim facilitando o planejamento financeiro, buscando fontes alternativas de recursos, a custos mais baixos. A contabilidade da empresa precisa estar atualizada e conciliada, visando propiciar informações úteis e fidedignas.

Outro detalhe é analisar a taxa de câmbio e seus efeitos sobre o lucro da empresa. Empresas endividadas em moedas estrangeiras precisam preparar-se para blindar a dívida e fugir de novos custos cambiais. Novamente, a contabilidade deveria ser a fonte de informações, pois permite projeções do custo cambial em diferentes cenários (como aumento, estabilização ou queda da paridade do real em frente a outras moedas).

O mais importante de tudo, em qualquer momento da empresa, é sempre estar próximo de seus clientes, ouvi-los e estabelecer uma estratégia para fidelização e conquista dos mesmos. Estas são as chaves para o pleno sucesso e perenidade da organização. No momento em que o mundo passa por mudanças drásticas e com ritmo intenso, o gestor financeiro precisa ser mais dinâmico, estar atento e ter conhecimento e dados necessários para tomar decisões.

O papel do administrador é assegurar que o capital que atende às necessidades da empresa, esteja disponível nos montantes adequados, no momento certo e com menor custo. Gerir de maneira eficiente e eficaz a empresa é um dos principais desafios dos administradores. Com a necessidade das empresas em obter dados sobre sua liquidez, os administradores estão utilizando o fluxo de caixa como principal ferramenta na tomada de decisão financeira.

Enfim, a luta contra as turbulências externas precisa de menos palpites e mais de dados específicos. Basicamente, o gestor precisará adequar os custos fixos à nova realidade apresentada, renegociar contratos, fugir de dívidas em moedas estrangeiras e controlar os custos de carregamento de dívidas, monitorando o fluxo de caixa e acompanhando o desempenho através dos resultados contábeis, com análise dos balancetes.

Autor: Christian Hulmeye
Fonte: Alshop